INVESTIMENTOS E SETOR ECONÔMICO


    Este trabalho visa fornecer e avaliar os últimos investimentos realizados por  médias e grandes empresas de diversos setores da economia da região sul do Brasil. Revelar possíveis dificuldades encontradas pelos comerciantes, setor atacadista e indústria, evidentemente, á ruptura de estoques e á continuidade da oferta das marcas preferidas pelo público-alvo da loja. O varejista oferece a marca que melhor atende aos seus interesses no momento da compra e não a marca á qual o consumidor é fiel. A concorrência se acirra pela persistente abertura de lojas em áreas com potencial esgotado, de tal forma que o aumento das vendas de um varejista significa necessariamente a queda de outro.
     Os fornecedores por seu lado esperam cada ano um crescimento incompatível com a capacidade de absorção do mercado, o atacado hoje se debate entre as dificuldades para manter seu atendimento aos mercados já conquistados e a concorrência dos distribuidores semi-exclusivos, quando não das próprias empresas fabricantes, que vendem seus produtos ao atacado a determinado preço e mandam seus vendedores aos mesmos varejos-alvo do atacado, com preços mais baixos. Sendo assim, na análise constará um relato sobre as mudanças ocorridas, normas e costumes que vigoram na empresa, relação dos funcionários entre si, com os meios de produção e com os padrões e influências internas e externas. Em um segundo momento apresentar-se-á, enfim, um texto crítico acerca dos caminhos que são seguidos e quais são seus pontos de desvio, isto é, onde estão às falhas que levou ao termino de suas atividades.
     Os dados apresentados são frutos da pesquisa, observação e, acima de tudo, da convivência com pessoas que trabalham e trabalharam nestas respectivas empresas e que formam está história capitalista. História está que, mesmo de forma diferente, de repete indiscriminalmente na sociedade, dando asas para o atual sistema econômico, que voa cada vez mais alto. Os limites do poder acumulado são transpostos dia-a-dia e provocam traumas irreversíveis em suas vítimas.




COOPERCENTRAL AURORA: a indústria de produtos lácteos é uma das maiores e mais modernas da América Latina.

    

     A indústria de produtos lácteos Coopercentral Aurora, atualmente, a linha de produção de leite longa vida da indústria de Pinhalzinho processa até 280 mil litros por dia, que emprega avançados recursos de automação e robótica. Inaugurada em 2011 como uma das maiores e mais modernas indústrias de produtos lácteos da América latina, está instalada á margem da BR 282, no município de Pinhalzinho (SC).
     Em maio deste ano, a Coopercentral Aurora Alimentos concluiu a duplicação da linha de produção longa vida (UHT) da indústria de lácteos, a nova linha de produção absorveu investimentos na ordem de oito milhões de reais e está projetada para industrializar até 380 mil litros/dia, o que representa um incremento de 120% no segmento de produtos UHT e de 17% na capacidade de processamento total da unidade.
     O aumento do processamento permitirá diversificar o mix com novos produtos a serem definidos oportunamente, a nova linha emprega o que há de mais moderno em processamento de lácteos e foi totalmente desenvolvida pela empresa sueca Tetra Pak. Tem como base a última geração de ultrapasteurizadores, que se destacam pela autonomia e redução significativa de consumo de energia e produtos de higienização. Contribui, dessa forma, para minimizar a geração de efluentes e o consumo de energia.
     Dessa forma a linha será formada por um ultrapasteurizador, duas máquinas de envase, dois acumuladores, dois embaladores automáticos, três termoencolhedores, quatro robôs, um carrinho transportador sobre trilhos e um envolvedor automático. Com a nova tecnologia, o formato da caixinha de leite vai mudar da atual Tetra Brik para a Tetra Mid. A alteração do formato da caixinha visa a reduzir os riscos de derramamento involuntário de leite no momento da abertura da tampa Flexi cap e acompanha a evolução das embalagens de leite. Essa mudança também será implementada na linha já existente, que operará com as mesmas características.
     A unidade de lácteos da Aurora, que já utiliza alto grau de automação, empregará estruturas de robotização na paletização, permitindo eliminar integralmente o trabalho manual na montagem de palets. As pessoas que hoje estão trabalhando nestas áreas serão integralmente absorvidas em outras funções na unidade. Essa automatização está estruturada em quatro robôs na montagem dos palets e no sistema de envolvimento, deixando-os prontos para serem transportados ao armazém.
     Outras inovações também serão introduzidas, está em estudo a implantação de uma linha de leites especiais, incluindo leites especiais, incluindo leite com baixo teor de lactose, cujo início de produção está programada para o último trimestre deste ano. Outros projetos que envolvem leite em pó e processados estão sendo desenvolvidos. A Coopercentral Aurora recebeu em 2012 das agropecuárias filiadas, 443 milhões de litros de leite. Dessa matéria-prima, 346 milhões de litros foram industrializados na unidade Pinhalzinho e 39,4 milhões na planta de Vargeão. A industrialização cresceu 25% com a geração de leites longa vida (UHT), bebidas lácteas, creme de leite, leite em pó, soro em pó, nata, iogurtes, queijos e requeijão.
     Além de investimentos é preciso orientação para quem realmente é o grande parceiro e faz toda diferença no setor, boa parte da produção de leite está sendo produzida por produtores ditos profissionais. O papel da indústria é repassar essas transformações tecnológicas e auxiliar na produção sustentável visando um lucro para as duas partes, pois, o leite e seus derivados estão presentes na mesa de todo brasileiro e torna-se necessário investir em qualidade na produção. Na região sul do Brasil é caracterizada pela forte produção de carne suína, aves, e um aumento considerável nos últimos anos na pecuária com ênfase na produção de leite.
     A cadeia do leite tem sido historicamente considerada marginal no país, sendo muitas vezes mais uma alternativa para quem não tem alternativa, do que uma opção econômica de um empresário rural, em números de produtores, ainda predominam aqueles que estão á margem do processo, como se pode atestar pelo sucesso de iniciativas como o balde cheio, que visam justamente dar dignidade e uma nova perspectiva a esses milhares de produtores. Na região oeste de Santa Catarina vem se destacando no cenário brasileiro e mundial por seus constantes investimentos e transformações de manejo e consequentemente em qualidade e produtividade.
     Porém, boa parte da produção de leite esteja sendo cada vez mais produzida por produtores ditos profissionais, aqueles que têm escolha e que estão na atividade por considerar que está permite uma rentabilidade compatível com o que se consegue com outras atividades. Essa nova realidade reveste-se de importância para o futuro do setor, já que a elevação dos custos de oportunidade da mão de obra e de terra estimula o aumento da escala e da eficiência dos fatores produtivos.

Fechamento de Fábrica: Empresa Cozinha Imóvel

     Localizada no distrito industrial de Coronel Freitas, Cozinha Imóvel  é uma empresa que dirige-se para um ramo específico do mercado moveleiro: a fabricação de cozinhas (modulares e kits), atingindo uma produção aproximada de doze mil módulos ao mês e atendendo uma demanda situada nas classes C, B e A. Foi fundada em 01 de setembro de 1989, possuindo, portanto quatorze anos de experiência e aperfeiçoamento tecnológico até Fechar as portas. Seu parque fabril é contemplado com máquinas e equipamentos de última geração, tais como, seccionadora computadorizada e túnel termo-encolhível.
     Possui uma planta industrial de dois pavilhões que totalizam 3200 metros quadrados e é movimentado pela força de trabalho de 58 funcionários, o ponto que mais chama atenção é o fato que os funcionários do sexo masculino recebem salários muito mais elevados, o mesmo ocorre no setor de produção em que a maioria dos homens fatura mais do que as mulheres e o menor salário entre os homens equivale ao maior entre as mulheres, sendo que estas, em vários departamentos, realizam o mesmo trabalho que os homens.
     Seu faturamento mensal era de 500 mil reais, suas vendas concentravam-se 85% na região sul, o horário de trabalho da empresa é das 7:00 ás 11:30 horas e das 13:30 ás 17:30 (segunda á sexta).O objetivo maior, é obter cada vez mais lucros e acumular capital. O dinheiro serve para produzir dinheiro, com o dinheiro, a empresa compra mercadorias (matéria-prima, máquinas... força de trabalho) que, transformadas em novas mercadorias, irão ser vendidas e transformadas em uma quantidade maior de dinheiro.
     Possuía, entre seus clientes, redes de renome, tais como: Tumelero (empresa que também fechou suas portas mais recentemente em Chapecó),   Quero-Quero, Benoit, Salfer, Madol, Berlanda entre outras. De modo geral, era uma empresa que tinha tudo para crescer e oferecer mais empregos. Com a constante alta do ferro e aço essencial para a fabricação dos moveis, a queda na exportação e um capital de giro fragilizado foram fundamentais para a queda na produção e posteriormente o fechamento desta fábrica.
     No município de Coronel Freitas possui diversas fábricas de pequeno e médio porte onde são fabricados balcões de diversos modelos, estofados, camas, cozinhas entre outros impulsionando a economia local onde se tornou polo industrial dos moveis em 2002. Mas para os funcionários desta empresa não restou alternativa a não ser encontrar vagas em outras fabricas do mesmo ramo, já que não existe muita oferta de emprego na cidade.
     Dessa forma a empresa deixou de existir, não tendo outras opções de deslocamento e nenhum apoio para reestruturação. Está empresa era a maior no setor moveleiro em Coronel Freitas, mas com a quebra na exportação, aumento da matéria-prima e sem recursos para capital de giro não restando outra solução.
  










CONSIDERAÇÕES FINAIS

     Portanto, a produção de leite no oeste catarinense, e também em todo o estado passa por um processo de evolução, tanto na parte quantitativa como na qualitativa. A atividade leiteira vem crescendo ano a ano, e aqui na nossa região é uma atividade rentável e que ainda segura o agricultor no campo, considerando o perfil predominante de pequenas propriedades. Hoje a atividade está em franca expansão, impulsionada também pelas novas indústrias que estão se instalando na região, o que prova que o Oeste Catarinense é uma das regiões de maior produção de leite do estado e será talvez uma das maiores bacias leiteira do Brasil.
     A Cooperativa Regional Alfa, para aumentar a produção de leite de seus associados visa abastecer a Cooperativa Central Aurora e alcançar sua capacidade máxima de industrialização. Dessa forma, havendo excedente de leite podem buscar outros mercados, garantindo a colocação da produção de seus associados, ou quem sabe expandir abrindo uma fábrica própria em outra região para um novo incentivo produtivo.
     Em lados opostos encontra-se a Cozinha Imóvel que devido a forte atuação do setor moveleiro em Coronel Freitas, e consequentemente uma supervalorização do aço, a principal matéria-prima para a fabricação de camas, queda na exportação e poucos investimentos em design para cozinhas planejadas. Além disso, proporcionou elevados custos de produção quanto a compra de madeiras e materiais, mas porém, o processo que envolve a fabricação de cada produto é mais complexo do que simplesmente imaginamos e amplia-se para um patamar maior. Fazem parte fazem parte de sua gestação máquinas, equipamentos, acessórios, matérias-primas, mas acima de tudo, diretores e funcionários, com metas ora divergentes, ora convergentes, esfolam-se na distribuição dos lucros, ideologias que envolvem o cotidiano ressaltam uma normalidade nada sentimental que se generaliza na vida de milhares de operários.


                    
                      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INFORLEITE, Valor agregado á produção. Santa Catarina: número 15, 2011, Chapecó.

MAISDINÂMICA, Novas tecnologias. Santa Catarina, 19°­edição: 2013, Chapecó.

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