Feiras Cientifícas












Feira de Ciências
No mundo

Segundo professor Luiz Ferraz Neto, físico e mestre em Ciências pela USP, a primeira feira de ciências data do início do século passado, quando um grupo de professores americanos incentivou seus alunos para que iniciassem projetos científicos individuais e os expusessem para seus colegas de turma. Entretanto, é somente após a II Guerra Mundial que elas começam a ser disseminadas. Em 1950, na Filadélfia (EUA), foi organizada a primeira Feira Científica, que expôs trabalhos de outras feiras organizadas pelo país. A partir de então, este evento foi ganhando notoriedade e atraindo um número cada vez maior de expositores. A idéia ganhou o mundo, surgindo as primeiras Feiras Científicas Internacionais.

No Brasil

As primeiras experiências bem sucedidas datam do fim da década de 1960, quando se realizou a Feira Nacional de Ciências, organizada pelo Ministério da Educação, no Rio de Janeiro, ocasião em que foram expostos mais de 1.500 trabalhos, com a participação de cerca de 4.000 alunos de todo o país. Nas duas décadas seguintes, alguns estados promoveram feiras, sendo que o Rio Grande do Sul é o estado onde esse movimento mais se fortaleceu, inclusive sendo sede para eventos nacionais. Neste processo, algumas instituições tiveram papéis decisivos na consolidação das feiras científicas: o Centro de Ciências de São Paulo (Cecisp) e o Centro de Ciências do Rio Grande do Sul (Cecirs).

Em Santa Catarina

Santa Catarina possui um histórico em Feira de Ciências.
Em 1974 ocorria na cidade de Blumenau a V feira de Ciências de SC - V FECISC e a III Feira Brasileira de Ciências - III FEBRACI.
Considerando importante o envolvimento dos estudantes na socialização do conhecimento a SED revitaliza esse movimento, participando do Edital de Licitação 768/2006 - MEC/UNESCO - de Apoio a Eventos Técnico-Científicos - propondo a Feira Estadual de Ciências e Tecnologias.
Dando continuidade a esse processo, em 2007, a SED participou novamente do edital MEC-SEB/Edital Fenaceb, o que permitiu a realização das Feiras Regionais de Ciências e Tecnologias, que selecionaram os representantes para a II Feira Estadual de Ciências e Tecnologia, que ocorreu em outubro na capital.
Com o intuito de fortalecer os eventos estaduais, a III Feira Estadual de Ciências e Tecnologia fez parte de um projeto único, apresentado em conjunto com a USFC, que contemplou, também, a III MICTI - Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar e o FONAIC - Fórum Nacional de Iniciação Científica no Ensino Médio e Técnico.


Feiras de Ciências e a Proposta Curricular de Santa Catarina
Refletindo sobre o aprimoramento da educação, e a expressão científica dos alunos da rede estadual, esta Secretaria vem progressivamente revitalizando as Feiras de Ciências, que são espaços democráticos de participação, essenciais à formação de um indivíduo autônomo e crítico. O movimento científico e pedagógico que se traduz por meio dessa feira, está se disseminando e abrindo possibilidades para muitos alunos e professores participarem em Eventos Nacionais e Internacionais.
As Feiras de Ciências vêm ao encontro dos pressupostos teórico-metodológicos da Proposta Curricular de Santa Catarina, especialmente quando discute o currículo na Educação Básica, e enfatiza a equidade das disciplinas, onde todas têm a mesma importância. Parte-se do pressuposto de que não devemos prestigiar apenas determinadas disciplinas "[...] uma vez que não há ciências mais importantes que outras, o que implica dizer que não há disciplinas que devam ser mais privilegiadas que outras [...]" (p. 8, 2003), conforme o documento Um novo olhar sobre a matriz curricular, produzido pela SED/DIEB/GEREM.
A proposta nacional pauta-se no entendimento da pesquisa científica relacionada a todas as ciências - humanas, exatas e naturais. Logo, não está de acordo com as normativas educacionais o incentivo limitado a determinadas capacidades dos nossos alunos. É preciso realizar feiras que garantam a diversidade científico-cultural.
Cabe ressaltar que todos os movimentos de Incentivo e Valorização à Pesquisa Científica, promovidos pelas GEREDs, devem ser espaços transformadores para atuação crítica e científico-tecnológica, bem como representarem a máxima expressão da Proposta Pedagógica do Estado. 

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